Nesta quarta (13), o Observatório do Clima, que é uma rede de ONGs ligada a questões climáticas, confirmou à imprensa que a Câmara dos Deputados aprovou as condições previstas no Acordo de Paris por unanimidade.
Pra quem não se lembra, o acordo foi firmado na COP-21, conferência do clima realizada na capital francesa no final de 2015. O decreto agora segue para o Senado e depois para sanção presidencial. De acordo com o Valor Econômico, o secretário-executivo do Observatório, Carlos Rittl, afirmou que:
O grande passo que vem a seguir precisará ser dado pelo governo – transformar a nossa economia no caminho da eliminação progressiva e cada vez mais rápida das emissões de gases de efeito estufa. E, para isso, não precisará fazer mais nada além de aproveitar o que o Brasil tem de oportunidades: zerar o desmatamento, restaurar florestas, tornar a agropecuária muito mais eficiente e usar mais o sol, o vento e a biomassa para gerar energia.
O país, de acordo com especialistas à época da COP-21, tem papel estratégico na busca do cumprimento das metas climáticas, por ser um facilitador de diálogos entre nações ricas e pobres, costurando uma importante relação para alcançar um consenso que seria decisivo nas negociações.
Para ser colocado em prática mundialmente, o Acordo de Paris propõe que a soma das emissões de gases-estufa no mundo todo tem que representar 55% das emissões globais – o que é um grande desafio, e é importante este passo do Brasil para garantir que a conversa não caia no esquecimento e que as medidas sejam tiradas do papel o mais rápido possível.