O desenvolvimento sustentável está se mostrando, cada vez mais, como sendo a única alternativa de sobrevivência saudável no planeta. Pessoas, grupos, ONGs, governos e empresas têm se engajado na busca de soluções tecnológicas para diminuir o impacto da vida moderna na natureza. E um dos projetos mais ambiciosos nesse sentido é a Fujisawa SST, no Japão, uma cidade verde movida a energia solar. Ficou curioso para saber um pouco mais sobre essa iniciativa? Então acompanhe:
Cidade do futuro no presente
A Fujisawa Sustainable Smart City é um projeto liderado pela Panasonic em parceria com outras 7 empresas japonesas. Depois do desastroso terremoto que se abateu sobre o país, em 2011, afetando a usina nuclear de Fukushima, a demanda da população por energia mais segura e sustentávei chegou a níveis elevadíssimos. A partir disso, esse grupo de companhias decidiu colocar em prática o conceito de smart city, que prevê a construção de uma cidade que diminua o uso de recursos não renováveis e aumente a integração entre casas, ruas e espaços comuns.
Essa pequena cidade sustentável fica a aproximadamente 50 quilômetros de distância da capital japonesa, Tóquio, e recebeu, a princípio, um vultoso investimento de 1,3 bilhão de reais. Ainda em fase de implementação, a cidade vai receber até 3 mil habitantes até o ano de 2018.
Pilares de desenvolvimento
As soluções tecnológicas de Fujisawa SST estão divididas em 8 grandes categorias: mobilidade, segurança, comunidade, saúde, clube, finanças, gestão compartilhada e, claro, energia.
No caso das iniciativas relacionadas às soluções energéticas, Fujisawa privilegia a alternativa solar, uma das mais limpas e sustentáveis de que se dispõe atualmente. As casas são equipadas com equipamentos de microgeração, assim como os espaço públicos e até mesmo o transporte, feito por meio de carros e bicicletas elétricos. O objetivo é incentivar essa produção independente das casas para dar autonomia para os moradores em caso de desastres ou problemas técnicos.
Integração com a rede externa
Além disso, todo o sistema é equipado com baterias especiais para fazer o armazenamento de energia elétrica destinada ao uso no período noturno e também das eventuais cargas excedentes. Esse excedente poderá ser vendido para gerar capital destinado ao investimento em pesquisa da cidade inteligente ou redistribuído dentro do próprio sistema, caso seja necessário.
Negócio competitivo
Em Fujisawa SST as casas são padronizadas, possuindo áreas de até 163 metros quadrados e custando cerca de 550 mil dólares, uma ótima relação custo-benefício, uma vez que casas fora da cidade com tamanhos similares, mas sem todo esse aparato de recursos inteligentes, custariam, na atual situação da economia japonesa, cerca de 500 mil dólares.
Além do uso de energia elétrica solar no abastecimento das residências, a energia elétrica usada em carros da cidade pode ser adquirida em estações similares a postos de gasolina. A cidade inteligente também possui sistema de compartilhamento de carros e bicicletas, já que o uso compartilhado reduz a quantidade de veículos necessários, além de estimular a interação entre os moradores.
Mesmo com tantos recursos sustentáveis já instalados, a pesquisa continua em Fujisawa, que foi construída de modo a facilitar a implementação de novas soluções conforme essas forem sendo desenvolvidas. É tão bom que nem parece real, não é mesmo?
Agora comente aqui e nos conte: na sua opinião, quais desses conceitos podem ser aplicados em outras cidades pelo mundo afora? Já imaginou como seria morar em uma cidade assim? Compartilhe suas impressões conosco!
