A cooperativa solar é uma das maneiras de acabar com um dos argumentos mais citados para justificar o entrave na popularização da energia solar no Brasil: o alto custo de instalação. Afinal, essa é uma das formas que os consumidores têm buscado para dividir esses custos e, consequentemente, os benefícios garantidos pela utilização dessa fonte de energia renovável e 100% limpa.
Que a energia solar é uma forma muito mais barata de produzir eletricidade, ninguém duvida. Afinal, o custo mensal é mínimo e é possível ganhar créditos com a distribuição da energia excedente gerada pelo seu sistema e não consumida pela sua residência.
Neste artigo vamos mostrar como é que uma cooperativa de energia solar pode ajudar você a gerar a própria energia e os créditos com a cessão da eletricidade excedente. Vamos explicar os seguintes tópicos:
- O que é uma cooperativa solar?
- Como funciona a cooperativa solar?
- 3 passos para montar uma cooperativa solar
- 4 vantagens da cooperativa solar
- Cooperativa de energia solar x fazenda solar: quais são as diferenças?
Quer saber tudo sobre esse assunto? Confira neste conteúdo especial que a SolarVolt preparou.
O que é uma cooperativa solar?
Uma cooperativa é uma associação entre pessoas que têm por fim um objetivo comum. Elas investem uma determinada quantia e cooperam umas com as outras para que todas possam conseguir um bom resultado. É uma relação na qual, se um ganha, todo mundo ganha.
Um dos exemplos mais comuns de cooperativas, no Brasil, são as agrícolas. Por meio delas, pequenos produtores ou agricultores familiares se juntam para comercializar o que produzem em suas propriedades.
Pense: se você é um pequeno agricultor na zona rural de uma cidade é mais difícil vender, individualmente, sua produção diária — alguns litros de leite, ovos, fubá, hortaliças, e por aí vai. No entanto, se você se associa ao seu vizinho, que também produz alguns litros de leite e outros produtos diversos, é mais fácil conseguir vender toda essa produção a um consumidor que tenha uma demanda de consumo maior.
Outro exemplo comum, no Brasil, são as cooperativas de crédito. Em geral, são um grupo semelhante de pessoas — médicos ou comerciantes, por exemplo — que se juntam a partir de um determinado investimento inicial para que possam repartir os ganhos financeiros entre si.
No caso de uma cooperativa de energia solar, a situação é bastante semelhante. Afinal, é mais barato financiar a instalação de um sistema de geração que vai ser usufruído por muitas pessoas do que uma individual, certo?
Como funciona a cooperativa solar?
Assim como os casos acima, também é possível montar uma cooperativa com outras pessoas que tenham como objetivo principal a geração de eletricidade por meio da energia solar.
Dessa forma, as cooperativas de energia solar reúnem vários consumidores para a instalação de um sistema solar fotovoltaico em comum, em que a geração de energia é compartilhada entre as partes.
Caso haja um excedente de eletricidade gerada pela cooperativa como um todo, os créditos da energia que é distribuída para a rede elétrica são gerenciados pela própria cooperativa e podem ser divididos por cada um dos participantes.

Quatro passos para montar uma cooperativa solar
1. Encontre parceiros em comum
Como no caso das demais cooperativas, como as agrícolas e as de crédito, o primeiro passo para montar uma cooperativa solar é encontrar pessoas que tenham o mesmo interesse que o seu: a instalação de um sistema de geração de energia solar.
Isso pode ocorrer, por exemplo, em um condomínio fechado, com empresas que compartilham um determinado espaço ou em propriedades rurais vizinhas. Mas não necessariamente os membros da cooperativa precisam estar geograficamente próximos.
A distribuição dos créditos de energia pode ser feita para qualquer pessoa física, contanto que a distribuidora de energia seja a mesma daquela onde está localizada a unidade geradora.
2. Identifique as diferenças
É importante, nesta etapa, identificar o consumo médio de energia de cada um, para que haja uma divisão justa, principalmente dos custos de instalação. Se você faz parte de um condomínio, é preciso definir se cada unidade entrará como uma cota única ou se isso vai variar com o número de pessoas que vivem em cada casa, por exemplo.
Se for uma cooperativa de energia solar em propriedades rurais, por exemplo, é justo que uma unidade que consome eletricidade com diversos maquinários, por exemplo, pague uma cota maior do que um outro cooperado que tenha uma rotina mais simples.
Hoje em dia, há empresas especializadas em prestar assistência a cooperativas solares, e esse processo pode ser mais tranquilo.
3. Informe-se sobre a legislação
O Brasil tem uma legislação específica que regula o cooperativismo. A atividade cooperativista está regulamentada pela Lei 5.764, de 1971. Antes de começar a sua cooperativa solar, é fundamental você se informar sobre os aspectos legais dessa associação.
Por isso, aconselhamos que você estude a Resolução Normativa 482, da Aneel, que regulamenta o envio de energia elétrica autogerada para a rede de distribuição. Além disso, outra lei importante é a RN 687, que fez melhorias na lei anterior e deu abriu mais oportunidades para que os brasileiros usufruam do mercado de renováveis no país.
Saber sobre esses aspectos legais vai evitar problemas futuros, quando a cooperativa já estiver em funcionamento. Algumas empresas oferecem assistência também nesse assunto.
4. Procure a empresa certa
A terceira etapa para montar uma cooperativa de energia solar é buscar a empresa especializada ideal para o seu caso. Empresas com experiência no mercado, como a SolarVolt, conseguem dimensionar o equipamento conforme as necessidades da cooperativa.
Isso inclui, por exemplo, o local mais apropriado para a instalação dos painéis solares e a capacidade de energia gerada que será suficiente para abastecer a todos os cooperados.
Em muitos casos é possível financiar a instalação dos equipamentos e, hoje, bancos costumam oferecer linhas de crédito específicas para esse tipo de investimento.
Quatro vantagens da cooperativa solar
1. Economia na instalação
A conta é simples. Ao dividir os custos da instalação dos equipamentos de geração de energia solar, o investimento de cada um dos cooperados fica bem menor do que se cada um deles resolvesse instalar um equipamento em sua casa, propriedade rural ou empresa, por exemplo.
2. Popularização da energia solar
Outra vantagem da cooperativa de energia solar é a popularização desse tipo de fonte energética, que é 100% limpa e renovável. Em 2020, o Brasil alcançou a marca de 7GW de potência instalada em energia solar e com mais de 170 mil sistemas fotovoltaicos instalados.
No entanto, a energia solar é responsável por apenas 1% da matriz energética brasileira — ainda dominada pela energia do tipo hidrelétrica, que responde por quase 65% da geração de todo o país.
3. Transformação da energia excedente em créditos
Imagine ganhar apenas por deixar de consumir energia. Estranho, né? Mas essa é uma possibilidade real para quem possui um sistema de geração de energia solar. Caso você não consuma todo o volume de energia elétrica gerado pelo próprio sistema, é possível ganhar créditos apenas para distribuir essa potência excedente para a rede de distribuição de energia.
4. Comercialização dos créditos
No caso das cooperativas de energia solar, ao contrário dos consumidores comuns, é possível comercializar os créditos, desde que seja entre os cooperados. Ou seja, é possível que um associado que esteja mais distante da unidade geradora compre os créditos gerados por outro participante da cooperativa, garantindo um valor justo para ambas as partes.

Cooperativa de energia solar x fazenda solar: quais são as diferenças?
As fazendas solares foram criadas ainda na década de 90, na Alemanha. Naquela época, o governo alemão autorizou a venda de energia elétrica por pessoas que gerassem a própria energia solar.
Com esse incentivo, proprietários rurais passaram a instalar painéis fotovoltaicos e a comercializar a eletricidade excedente. Foram batizados de “fazendeiros solares”. Embora não haja uma definição sobre o número de placas necessárias para que uma propriedade possa ser classificada como “fazenda solar”, é consenso que a propriedade precisa produzir, ao menos, 1 MWp. Em média, esses locais têm entre 8.000 e 10.000 m² de área ocupada.
No Brasil, somente as concessionárias de energia elétrica podem comercializar o insumo. No entanto, no caso de uma fazenda solar, é possível “alugar um lote” da propriedade e utilizar a energia solar gerada ali — com a vantagem de conseguir abater da sua conta de luz os créditos obtidos com a devolução da energia elétrica gerada no lote e não consumida.
Na cooperativa, também é possível que toda a estrutura seja construída por um único investidor, que depois faz a divisão dos créditos com os demais cooperados.
A principal diferença entre a cooperativa de energia solar e a fazenda solar é que a primeira é utilizada para distribuir a compensação de energia em mais de uma titularidade. E isso pode ser feito independentemente de o investimento inicial ter sido realizado por várias pessoas, ou por uma só.
Para orientar você e elaborar o projeto da sua cooperativa solar, o melhor caminho é contar com a assistência de uma empresa referência no setor de renováveis. A SolarVolt é uma empresa brasileira fundada em 2013 com o objetivo de mudar a cultura energética do país.
Em nossos quase 10 anos de mercado, acumulamos um portfólio com 1500 projetos homologados. Entre nossos clientes, estão condomínios, fazendas, indústrias, empreendimentos da área da saúde, bares e restaurantes, entre outros.
Além da instalação, elaboramos também o projeto do seu sistema fotovoltaico. Isso inclui uma análise do terreno, da estimativa de consumo e do projeto arquitetônico. A partir desses dados, conseguimos criar um projeto personalizado que vai atender exatamente a necessidade do usuário.
Em nossa equipe, reunimos profissionais qualificados que têm conhecimentos técnicos, mas também estão sempre atualizados sobre as regulamentações da área no país.
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