Veículos Híbridos e Elétricos: Quais são as Diferenças?

Você já se perguntou quais são as diferenças entre veículos híbridos e elétricos?

Essas tecnologias surgiram junto à preocupação com questões ambientais, visando minimizar os impactos na natureza.

Assim, muitas empresas começaram a se desenvolver no setor. 

Mas não são somente as corporações que levam isso em consideração. O consumidor contemporâneo tem consciência ambiental e pondera sobre o tema na hora da escolha do automóvel. 

É preciso destacar que esse é um mercado em desenvolvimento. Por conta disso, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre seus reais benefícios, o que reduz a aderência em território nacional. 

Para se ter uma ideia, os três maiores mercados de veículos elétricos, compostos por China, Europa e Estados Unidos, somam quase 2,8 milhões de registros somente em 2020 (Global EV Outlook 2021). 

No Brasil, o número total de modelos eletrificados chega a 42 mil unidades (1º Anuário Brasileiro da Mobilidade Elétrica), entre ônibus, tróbelus e chassis. Esse valor equivale a apenas 1% da frota do país.

Entretanto, há um grande otimismo no setor, tendo em vista que houve um crescimento de 66,5% no número de emplacamentos entre 2019 e 2020, mesmo com a crise gerada em função da pandemia de COVID-19.

Graças às similaridades desses dois tipos, muitas pessoas ainda se confundem acerca da definição de cada um deles. 

Mas afinal, quais são as diferenciações entre um veículo híbrido e um elétrico? Apesar de parecer simples, essa pergunta exige uma resposta apurada. 

Portanto, se você deseja saber as principais diferenças entre essas duas tecnologias, continue a leitura. 

Afinal, qual é a diferença entre veículos elétricos e híbridos?

A diferença básica entre o veículo elétrico e híbrido é que, enquanto o primeiro utiliza-se exclusivamente da energia elétrica estocada na bateria, o segundo usa uma combinação de eletricidade e combustível convencional. 

Com isso, os automóveis elétricos possuem uma menor emissão de poluentes quando comparados aos híbridos. 

Por outro lado, a tecnologia que alia modernidade e eficiência percorre distâncias mais longas. Ou seja, exige um menor número ou nenhuma parada para recarga. 

Veja, a seguir, uma tabela com um comparativo entre os veículos híbridos e elétricos: 

Em outros termos, veículos elétricos possuem um sistema eletroquímico interno (ou bateria) que estoca a energia. Esse mesmo equipamento está presente nos veículos híbridos, mas também possuem motores de combustão interna. 

Vamos conhecer, a seguir, as principais características desses dois tipos de tecnologia.  

O que é um veículo elétrico?

Um veículo elétrico é aquele que é parcial ou totalmente alimentado pela energia elétrica. Ou seja, não se utilizam de combustíveis fósseis. 

Podemos concluir, assim, que os veículos híbridos também são elétricos. 

Uma das principais vantagens dos veículos elétricos é o fato de serem considerados eco-friendly, já que emitem pouco ou nenhum gás nocivo ao meio ambiente. 

A energia dos carros elétricos é armazenada em baterias, responsáveis por direcioná-la para os demais componentes. Ela é recarregável em carregadores próprios ou eletropostos.

A corrente elétrica perpassa, ainda, por outros três elementos: o inversor, o motor de indução e o sistema de recuperação de energia. 

Para facilitar a compreensão, vamos aplicar uma lógica linear do caminho percorrido pela energia. 

Após sair do carregador, ela alcança a bateria. Depois, o inversor converte a corrente contínua em corrente alternada e a direciona ao motor de indução. A seguir, os mecanismos do motor são acionados, girando as rodas do carro, da mesma forma que o sistema fotovoltaico.

Outra vantagem adquirida por donos de veículos elétricos é a ausência de ruídos e o fator economia. Os preços dos combustíveis tradicionais no Brasil subiram drasticamente nos últimos anos, fazendo com que cada vez mais pessoas busquem as soluções elétricas. 

O que é um veículo híbrido?

Um veículo híbrido utiliza-se da combinação entre um motor elétrico e um motor de gasolina. 

Além da recarga por eletricidade, a energia é também recarregada por meio de um dispositivo conhecido como frenagem regenerativa (ou travagem recuperativa). Basicamente, ele transforma a energia cinética durante o ato de frear o veículo em energia elétrica, que é estocada na bateria. 

Como resultado, há um menor consumo de gasolina (ou outro tipo de combustível utilizado), menor emissão de gases tóxicos ao meio ambiente e melhoria de performance em alguns casos. 

A bateria elétrica funciona de maneira independente à bateria tradicional de 12 volts, e é responsável por reter a energia gerada durante a desaceleração. 

Como você deve imaginar, existem muitas variações entre os modelos e tecnologias aplicadas. Ou seja, não há um padrão regular para a criação de veículos híbridos, tornando suas características variáveis e dividindo-os em diferentes tipos.

Quais são os tipos de veículos híbridos?

Apesar da similaridade de suas configurações, veículos híbridos apresentam diferenciações entre os tipos de tecnologia aplicadas. 

Abaixo, saiba quais são eles: 

Veículo híbrido-paralelo

O tipo de veículo mais comum entre essa categoria é o híbrido-paralelo. 

Nesse caso, o motor elétrico e o de combustão é conectado em uma transmissão entre as duas fontes de energia. 

A conexão pode ser manual, automática ou de continuidade variável, fator que influencia diretamente na aceleração, som do motor e conforto do automóvel. 

Veículo híbrido-série

O modelo de veículo híbrido-série é alimentado pelo motor elétrico, sem qualquer conexão física entre o motor de combustão e as rodas. 

Nesse caso, o sistema a gasolina é utilizado somente para recarregar a bateria elétrica. 

Como consequência, temos um automóvel mais próximo às características de um transporte elétrico, o que influi em outras características do carro.  

Veículo híbrido misto

Já o veículo híbrido misto apresenta uma estrutura mais complexa. 

Nesse caso, uma tecnologia inteligente avalia o melhor momento para usar o motor tradicional ou o elétrico, garantindo a prioridade em performance ou economia, por exemplo. 

O motorista também tem a opção de escolher manualmente qual dos motores será utilizado. 

Há, ainda, um quarto tipo que chega com força ao mercado. 

São os chamados híbridos leves, que utilizam a energia elétrica para alimentar apenas alguns componentes do carro (como o painel e o rádio), mas não tem influência no motor. 

O que são os veículos híbridos plug-in?

Você provavelmente já ouviu falar sobre os veículos híbridos plug-in. 

Eles não se encaixam na categoria de tipos porque, nesse caso, falamos sobre a alimentação das baterias e não sobre o motor. 

Isso quer dizer que qualquer modelo híbrido pode utilizar-se da tecnologia plug-in, a mesma utilizada em veículos elétricos puros.  

O consumidor moderno está habituado a recarregar aparelhos eletrônicos como celulares, notebooks e relógios inteligentes. 

É mais ou menos assim que funcionam os veículos híbridos plug-in, que necessitam de um cabo de alimentação conectado a uma fonte de energia, que pode ser uma solução residencial ou eletropostos. 

Por que não há muitos veículos híbridos e elétricos no Brasil?

Um dos principais problemas dos motoristas desse tipo de transporte no Brasil se refere justamente à recarga. 

A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) informa que há 350 postos públicos no Brasil, mas os dados corporativos de empresas como a Volvo divergem na informação. 

O fato é que 90% dos postos elétricos são criados pelas próprias montadoras, já que há um alto custo para sua implementação e funcionamento. Para se ter uma ideia, um ponto de carga ultrarrápida (entre 60 e 90 minutos) pode ultrapassar o valor de R$200 mil

Por outro lado, um carregador residencial custa entre R$5 mil e R$10 mil, mas o tempo de recarga sobe para entre 8 e 12 horas. Em tomadas residenciais de 120V a 220V, há  mais um aumento: até 20 horas. 

Quais são os veículos híbridos e elétricos mais baratos do Brasil?

Outro grande obstáculo para a aceitação dos veículos híbridos e elétricos no Brasil é o preço. Há diferentes razões para isso. 

A primeira delas é o valor dos componentes, como baterias, células de energia e o inversores. 

De acordo com Fábio Delatore, coordenador do projeto Fórmula Elétrico da Fundação Educacional Inaciana, “só o motor pode custar até 40% do valor total do veículo, já que usa alguns materiais advindos do mercado estrangeiro, muito difíceis de conseguir”. 

Outro fator é a instabilidade do câmbio. A variação do dólar influencia não apenas na alta da inflação, mas também pela instabilidade, o que assusta os investidores. 

Apesar disso, os veículos elétricos apresentam alguns incentivos fiscais, como a ausência da taxa de 35% do IPI (Imposto sobre Importação) e a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) em alguns estados. 

Abaixo, veja alguns veículos híbridos e elétricos mais baratos do país: 

As diferenças entre os veículos híbridos e elétricos são reparadas nos detalhes. 

No entanto, é importante conhecê-las para tomar a melhor decisão de investimento. 

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