Você já deve ter lido por aí que o número de unidades consumidoras com geração distribuída no Brasil aumentou exponencialmente durante a última década. Mas, o que isso significa?
Se pensarmos na matriz energética brasileira, veremos que dois terços dela é formada pela geração de energia a partir de grandes hidrelétricas. Nesse modelo, que é chamado de geração centralizada, nós temos uma única unidade geradora de energia que abastece um grande número de pessoas.
Neste texto, vamos explicar porque um outro modelo de geração de energia tem ganhado espaço no Brasil. A geração distribuída é uma forma de gerar energia elétrica por meio de unidades que ficam localizadas próximas aos consumidores. Veja o que você vai saber neste artigo:
- O que é a geração distribuída de energia?
- Como funciona a geração distribuída no Brasil?
- 3 vantagens da geração distribuída
- Como migrar para a geração distribuída?
Saiba neste artigo como isso funciona!
O que é a geração distribuída de energia?
A Geração Distribuída, também conhecida pela sigla GD, é um termo usado para definir todo tipo de geração elétrica que acontece próximo aos consumidores. O Artigo 14º do Decreto Lei nº 5.163 de 2004 definiu inicialmente a GD no Brasil da seguinte forma:
“Considera-se geração distribuída a produção de energia elétrica proveniente de agentes concessionários, permissionários ou autorizados, conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador, exceto aquela proveniente de:
- I – hidrelétrico com capacidade instalada superior a 30 MW; e
- II – termelétrico, inclusive de cogeração, com eficiência energética inferior a 75%.”
Entre os tipos de GD, podemos destacar:
- Co-geradores;
- Geradores que usam como fonte de energia resíduos combustíveis de processo;
- Geradores de emergência;
- Geradores para operação no horário de ponta;
- Painéis fotovoltaicos;
O grande diferencial da geração distribuída de energia é a produção descentralizada. Para ficar mais claro, podemos comparar o funcionamento de uma grande hidrelétrica, como Itaipu, por exemplo, e os painéis fotovoltaicos de um condomínio residencial.
No caso da hidrelétrica, você tem uma grande estrutura, responsável por 14.000 MW de potência instalada. Toda a energia gerada ali é distribuída por sistema de transmissão, estações e subestações para quase todo o território do Paraguai e parte do território brasileiro, beneficiando milhões de pessoas.
No caso dos painéis fotovoltaicos do condomínio, a geração de energia é infinitamente menor, mas suficiente para abastecer todo um conjunto de casas e outras estruturas que se situam próximas umas às outras. O custo de geração de energia, nesse caso, é praticamente zero.
Como funciona a geração distribuída no Brasil?
O Brasil regulamentou, em 2012 por meio da Resolução 482, as conexões de mini e microgeração distribuída de energia e introduziu o Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Em 2015, por meio da Resolução 697, revisou a legislação, ampliando de 1MW para 5Mw a capacidade de minigerações. Ao longo desse período, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), observou-se um grande crescimento desse tipo de geração de energia.
Confira a diferença entre elas:
Minigeração
é caracterizada por uma central geradora de energia elétrica com potência instalada menor ou igual a 75kW que utilize como fontes de energia: hidráulica, solar, biomassa ou cogeração qualificada;
Microgeração
É a central geradora com potência instalada superior a 75kW e menor que 5MW para as mesmas fontes citadas anteriormente, exceto as hídricas, cujo limite superior de geração é de 3MW.
De acordo com a Aneel, até novembro de 2020 foram registradas 331 mil conexões de geração distribuída no Brasil. A maior parte delas foi de energia limpa gerada a partir da captação da luz solar pelos painéis fotovoltaicos. Somados, esses sistemas geram 4,1 GW de energia e quase sua totalidade é formada por fontes de energia limpa e renovável.
A previsão é que, até 2030, o número de consumidores beneficiados diretamente pela GD seja de 3 milhões. Confira:

Ainda segundo a Aneel, a geração distribuída de energia beneficia não só consumidores residenciais, mas também os estabelecimentos comerciais e até prédios públicos. A grande vantagem, além do maior compromisso com o meio ambiente, é a busca por uma alternativa mais barata para o consumo de energia.
Afinal, gerar a própria eletricidade é mais vantajoso do que comprá-la de uma empresa que tem que arcar com todos os custos de uma geração centralizada, certo?
Veja como está dividida a GD entre os consumidores:

3 vantagens da geração distribuída
1- Diminuição de custos de transmissão
Lembra do exemplo da usina hidrelétrica e do condomínio, que utilizamos no início do artigo? Ele é útil para explicar como se dá a diferença nos tipos de transmissão de energia elétrica entre um modelo e o outro.
No caso de uma grande usina hidrelétrica, é preciso um investimento alto em sistemas de transmissão e cabos, que vão conduzir a eletricidade até as estações e os centros de distribuições e, de lá, até a casa do consumidor.
Ou seja, são centenas de quilômetros de cabos, torres de transmissão, transformadores e outros equipamentos. Sem contar com a manutenção para que o sistema não fique obsoleto ou passe por panes frequentes. Tudo isso é necessário, porque estamos falando de um sistema de transmissão centralizado.
No caso do condomínio, cujo abastecimento se dá pela energia solar por meio da captação da radiação do sol por painéis fotovoltaicos, isso não ocorre, já que há a geração distribuída. A energia é produzida no próprio local de consumo e evita a necessidade de grandes estruturas.
2- Maior confiabilidade do sistema
O sistema de GD é mais confiável do que aquele realizado de forma centralizada, basicamente, por dois motivos.
O primeiro é, justamente, o fato de haver menos infraestrutura envolvida entre a unidade geradora e o consumidor final. Isso demanda menos gasto com manutenção e há menos elementos que podem sofrer com algum “problema” ou “pane”, por exemplo.
Você se lembra da crise de energia no Amapá, em 2020? Houve um problema causado por falta de manutenção em um dos transmissores que abastecia o estado, o que resultou em um apagão que durou semanas.
No caso de um sistema de geração distribuída, isso tem menor risco de ocorrer, devido à proximidade entre geração e consumo de energia.
Outro fator importante para se levar em conta é que, no caso de o sistema não conseguir suprir a demanda dos consumidores, é possível usar uma cota de energia excedente direto da rede de distribuição.
3- Menor impacto ao meio ambiente
Outra vantagem da geração distribuída em relação à geração centralizada de energia tem a ver com o impacto ambiental. Se pensarmos em uma usina hidrelétrica como exemplo desta última, temos que levar em conta que, embora a fonte de energia seja renovável, ela gera um grande impacto ambiental até começar a gerar energia.
É preciso alagar uma área enorme para construir a barragem, o que causa efeitos em populações ribeirinhas, comunidades, além da fauna e flora local.
No caso da geração distribuída, os impactos são menores. Se falarmos na geração de energia por meio dos painéis solares, por exemplo, eles são nulos.
A energia solar é uma das fontes mais sustentáveis de geração de eletricidade de que se tem notícia nos dias atuais. Isso acontece porque a energia solar não gera resíduos, além dos próprios painéis usados para a captação da radiação do Sol.
Mesmo assim, esses painéis têm uma vida útil que pode chegar a 25 anos, portanto, a geração de resíduos pode ser considerada mínima.
Além disso, para a produção da energia solar, são utilizadas áreas normalmente “mortas” dos empreendimentos, como os telhados. Assim, essa matriz de produção tem um impacto muito pequeno na paisagem das cidades e não é responsável pelo desalojamento de populações nativas em regiões rurais do país.
Até mesmo quando precisam ser instalados sobre a água, em usinas flutuantes, os painéis solares não causam prejuízos à natureza. Ao contrário, nessas circunstâncias, eles até ajudam a diminuir o ritmo de evaporação da água, preservando os reservatórios.
Por fim, a energia solar é gerada a partir de uma fonte praticamente inesgotável. O Sol banha a Terra constantemente com seus raios, e os cientistas preveem que a Terra ainda terá esse recurso por vários milhões de anos. Esse recurso é gratuito e renovável, o que faz com que a energia solar seja uma das fontes energéticas existentes hoje com menor impacto ambiental entre todas as opções disponíveis.
Como migrar para a geração distribuída?
Como vimos ao longo deste texto, a principal forma de geração distribuída de energia no Brasil, hoje, é por meio da energia solar. Além de ser uma matriz limpa e renovável, ela é de fácil instalação e manutenção.
No entanto, a forma mais eficiente de garantir um projeto bem feito de energia solar é contar com uma assistência especializada. Somente uma empresa com sólida experiência no setor será capaz de elaborar um projeto eficiente para atender a sua demanda com o menor custo possível.
A SolarVolt é uma empresa estabelecida há cerca de uma década e é referência tanto na elaboração de projetos como na assistência ao consumidor.
Com o objetivo de mudar a cultura energética do país e incentivar o uso de uma fonte 100% limpa e renovável, a empresa conta com um portfólio de mais de 1.500 projetos homologados, em diferentes formatos, como: condomínios, fazendas, indústrias, empreendimentos da área da saúde, bares e restaurantes, entre outros.
Por isso, antes de fazer a instalação, é preciso ter em mãos um projeto que vá ao encontro das suas necessidades, para que o produto, além de bem instalado, cumpra o seu propósito, seja na economia com a conta de energia, seja na busca por uma fonte limpa, que não agride o meio ambiente.
Em nossa equipe, reunimos profissionais qualificados que têm conhecimentos técnicos, mas também estão sempre atualizados sobre as regulamentações da área no país. Peça o seu orçamento e leve o futuro da energia para a sua casa ou o seu empreendimento agora mesmo!
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