A energia solar desponta no mercado como uma representação clara do futuro que caminha para a utilização de uma energia limpa e mais barata. Seu sistema tecnológico utiliza um viés inesgotável, como a força dos raios do sol, para promover acesso e facilitação de eletricidade para residências e comércios.
Segundo os co-autores do Atlas Brasileiro de Energia Solar, “o aquecimento solar, a geração de eletricidade e a climatização de ambientes exemplificam os processos e tecnologias produzidos pelo desenvolvimento científico e tecnológico. Um avanço significativo foi conseguido nas últimas décadas tanto no aproveitamento térmico para atendimento de demandas residenciais ou processos industriais, quanto para conversão em eletricidade”.
Assim, toda a pesquisa por trás dessa viabilização é fundamental para dar suporte aos processos necessários na instalação e utilização das placas fotovoltaicas, e da energia solar como um todo. Portanto, antes da instalação dos painéis solares acontecer é necessário avaliar uma série de fatores, como: os materiais, a área necessária para instalar os painéis e o retorno financeiro.
Porém, muitas vezes um item importante fica de fora; a incidência de sol para a instalação. Afinal, é necessário saber se o local recebe sol suficiente para tornar a energia solar uma boa opção.
Desse modo, profissionais e consumidores devem estar atentos ao mapa de insolação do país. Assim, é possível entender como a potência do sol pode variar dependendo do local e como usar isso ao seu favor.
Como funciona a irradiação solar?
Entender os processos que levam a irradiação solar, e como o sistema fotovoltaico capta sua energia, é vital para que consumidores entendam como a irradiação incide e como a disponibilidade do recurso energético solar é transformada em eletricidade. Ademais, o conhecimento sobre o potencial do sol que afere a Terra é importante para que novas tecnologias sejam mais assertivas quando tratamos da captação de energia solar.
Porém, para os co-autores do Atlas Brasileiro de Energia Solar, saber o potencial “não é suficiente para impulsionar o uso dessa fonte de energia. […] Assim, além do potencial disponível, informações confiáveis sobre a variabilidade do recurso solar são imprescindíveis para dar suporte ao desenvolvimento de projetos para aproveitamento dessa fonte de energia”.
Desse modo, é imprescindível saber que a irradiação solar, calculada em watts por metro quadrado (W/m²), é composta por dois componentes: direto e difuso. A irradiação solar direta representa a ação do sol em uma linha imaginária, que não sofre absorção e espalhamento na atmosfera. Em contraponto, a irradiação solar difusa é aquela vinda de todas as demais direções, pois houve a sua dispersão.
Para o sistema de energia solar, ambas as fontes de irradiação solar são funcionais e permitem o processo.
Mapa de insolação no Brasil

A integração em grande escala da energia solar como forma consciente e constante de produção de eletricidade, e sua utilização por estruturas de abastecimento de energia, evidenciam a relevância das informações meteorológicas e climáticas do país. Ademais, as pesquisas realizadas embasam planejamentos e operações dos sistemas de gestão e distribuição de energia.
As condições ambientais características do Brasil são o pontapé inicial para entender o potencial solar do território nacional e como ele pode ser utilizado no presente, e no futuro, para providenciar energia solar para os brasileiros. Afinal, o país recebe a maior radiação solar no mundo.
Por ter um clima diversificado, estar próximo a linha do Equador e não haver grandes variações da incidência do sol ao longo das quatro estações do ano, o Brasil se torna um território amplamente atingido pelos raios ao longo do ano.
Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, o país recebe mais de três mil horas de brilho do sol, gerando uma incidência solar diária de 4.500 a 6.300 Wh/m2 (Watt por metro quadrado). Para se ter um comparativo, o Brasil recebe 40% a mais de luz do sol que a Alemanha, considerado o país que mais investe e usa a energia solar.
Assim, mesmo que pouco aproveitada, os altos níveis de captação de energia solar tornam o Brasil o lugar perfeito para se investir nesta tecnologia sustentável. Em território nacional, o local com os melhores níveis de insolação é o semiárido nordestino. Então, seguindo a ordem das regiões, os lugares com maior captação solar são: Nordeste (5,9); Centro-Oeste (5,7); Sudeste (5,6); Norte (5,5); e o Sul (5,0).
Do ponto de vista econômico, pela análise dos dados, é possível ver que existe uma diferença pequena de região para região. Essa diferença não é o suficiente para tornar a energia solar um mal investimento em alguma parte do Brasil. Assim, o maior problema no país, em relação a investimentos em energia solar, está mais ligado à falta de conscientização da população e um custo inicial alto, do que à inabilidade do país em utilizar essa forma de energia.
Educar a população, assim como empresas e indústrias, é o primeiro passo em direção à crescente do uso da energia fotovoltaica como fonte viável para os brasileiros. Afinal, no âmbito doméstico, a energia solar é aplicada para abastecer a casa e, principalmente, no aquecimento de água. Ademias, empresas e indústrias economizam pela quantidade na extensão de placas fotovoltaicas distribuídas em sua localidade e a produção de energia em massa que elas geram para viabilizar o serviço de uma empresa ou indústria.
Conhecimento sobre o Mapa de Insolação no Brasil
O Atlas Brasileiro de Energia Solar é um livro, criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que contém informações sobre o potencial solar do Brasil. O documento é rico em conteúdo e destrincha cada parte ligada ao poder do sol em terras brasileiras, como conceitos básicos, metodologia, mapa de irradiação, potencial solar e muito mais . Além disso, ele também oferece download de tabelas, arquivos, imagens e gráficos.
Ele organiza os níveis de potencial solar no Brasil por estado e cidade. Assim, as tabelas mostram resultados mensais dos níveis de irradiação para 5.570 cidades brasileiras. Por fim, a pesquisa tem como objetivo difundir o conhecimento sobre a meteorologia, promover o potencial econômico e apresentar dados que comprovam a eficiência da energia solar no Brasil e seu potencial para empreendimentos.
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