O conceito de mobilidade elétrica já está presente em diversos países, e cresce a cada dia mais no território brasileiro. Afinal, a busca por fontes de energia limpas e sustentáveis associada ao avanço das tecnologias, possibilita que a transição energética e, consequentemente, a eletrificação dos transportes, provoque uma mudança necessária no cenário automobilístico nacional.
Consideramos como mobilidade elétrica a implementação, e possível substituição, de veículos tradicionais movidos a combustíveis fósseis e poluentes por veículos que utilizam a eletricidade como principal fonte de locomoção.
Contudo, apesar do público estar se acostumando com os carros elétricos, é importante frisarmos que essa mudança de cenário não se resume apenas aos carros, mas a todo o segmento de transportes, incluindo os veículos híbridos. Sendo assim, incluímos na mobilidade elétrica ônibus, scooters, bicicletas elétricas, transportes variados de cargas, etc.
A importância da mobilidade elétrica para o futuro
A mobilidade elétrica une três fatores essenciais para o novo público que emerge no mercado, que são a preocupação com o meio ambiente, a modernidade que a tecnologia traz para os veículos, e a economia.
Um estudo realizado pelo Programa de Mobilidade Elétrica da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que o setor de veículos é responsável por 25% das emissões de CO2 no mundo. Com isso, foi necessário para o setor se reinventar e buscar uma nova forma de contribuir com o desenvolvimento sustentável do planeta.
A adesão a um sistema elétrico possibilitou que os veículos deixassem de lado a emissão de gases que provocam o efeito estufa, ajudando com a descarbonização do planeta.
Ademais, os veículos elétricos apresentam uma evolução tecnológica gigantesca para o setor. Assim, com a implementação da mobilidade elétrica, veremos, cada vez mais, veículos mais tecnológicos e inteligentes.
Por fim, para complementar todo o aparato tecnológico e sustentável que a mobilidade elétrica proporciona, temos a economia gerada ao proprietário do veículo. Desse modo, o mesmo não tem mais a necessidade de se conformar com os preços abusivos que vem sendo praticados no mercado de combustíveis. Agora, ele pode optar por uma forma mais econômica de abastecimento de seu veículo: os eletropostos.
Afinal, os eletropostos são parte fundamental para se colocar a mobilidade elétrica em prática. Sua infraestrutura permite o carregamento dos carros elétricos tanto pela rede de distribuição, como pela implementação de um sistema solar – proporcionando uma energia ainda mais limpa.
Marco de 100 mil carros elétricos e híbridos em circulação no Brasil
Na última semana de julho, mais precisamente no dia 26, foi divulgado que o Brasil ultrapassou o marco de 100 mil carros elétricos e híbridos leves que estão em circulação no país. Os dados foram apresentados durante uma palestra no Instituto de Engenharia, em São Paulo, no 1º Debate IE/ABVE Sobre Eletromobilidade.
O impressionante número de 100.292 veículos inclui veículos elétricos puros (BEV, de Battery Electric Vehicle), assim como os veículos híbridos (HEV, de Hybrid Electric Vehicle), e os veículos híbridos que podem ser carregados com uma fonte externa (PHEV, de Plug-in Hybrid Electric Vehicle).
Tais dados, comprovam que o país é um dos maiores mercados do mundo quando tratamos da mobilidade elétrica. Porém, segundo Adalberto Maluf, presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), ainda temos um grande potencial de crescimento para o setor.
Durante o evento, Maluf disse que ““esses 100 mil são um grande destaque e mostram que o Brasil está no rumo certo, mas ainda falta muita coisa para a eletrificação avançar “. Assim, ele ressalta a importância das políticas públicas alinhadas e coordenadas entre o governo federal e os governos estaduais e municipais para incentivar a transição dos veículos a combustão para os veículos elétricos.
Barreiras nacionais para a mobilidade elétrica
A mobilidade elétrica é uma realidade ao redor do mundo. Porém, apesar de estar crescendo dentro do Brasil, ainda existem muitas barreiras para que este conceito se torne massivamente efetivo. Alguns desses empecilhos podem ser apontados, como os altos preços dos veículos, falta de incentivo público, assim como a falta de órgãos reguladores.
Ressaltamos como o maior obstáculo a inexistência de um órgão oficial que seja responsável pelo controle e distribuição de informações e pela normatização do setor.
Com isso, é necessário que o país comece a investir em iniciativas que promovam o impulsionamento deste mercado, que é apontado como um dos caminhos certeiros para o futuro.
Iniciativas que estão impulsionando o mercado nacional
Neste momento, em que o mercado brasileiro de mobilidade elétrica está crescendo, é importante olharmos para o mercado internacional e nos inspirarmos nos países mais desenvolvidos, como, por exemplo, é o caso dos Estados Unidos. No país, o Governo Federal concede a isenção de até US$7.500,00 no Imposto de Renda para aqueles que compram um veículo elétrico.
Ademais, o Brasil pode proporcionar outras vantagens, como a disponibilização de vagas preferenciais para esses veículos e faixas de circulação exclusivas.
Porém, é preciso que o governo também participe deste movimento e disponibilize verba para o desenvolvimento do setor. Um dos fatores que impulsionaria a mobilidade elétrica no território brasileiro é o aumento da quantidade de eletropostos no país.
Em 2021, o número de eletropostos constou uma alta de 50,8% em apenas três meses, segundo uma pesquisa realizada pela ABVE. Contudo, o governo deve investir para que o número de eletropostos no país condiga com a extensão territorial e potencial de compra dos carros elétricos.
Assim, criar condições favoráveis para empresas privadas ampliarem a rede de eletropostos é um ponto importante que o governo deve levar em consideração. O incentivo ajudará estas empresas a desenvolverem modelos de negócio para eletropostos que sejam rentáveis e justifiquem seu custo.
Atualmente, o Brasil conta apenas com ações pontuais e específicas. Uma delas é o Projeto de Lei 5308/20, que isenta carros elétricos e híbridos do IPI, Cofins e PIS na receita bruta.
Além disso, o governo tem proporcionado incentivos para aqueles que desejam se aventurar no mercado de eletropostos, como a Resolução Normativa nº 1.000/2021. A resolução permite a qualquer interessado realizar atividades de recarga de veículos elétricos, inclusive para fins de exploração comercial com preços livremente negociados.
Conclusão
Entender sobre a mobilidade elétrica é estar um passo à frente do que o futuro reserva para o meio automobilístico. Os benefícios que carros elétricos e eletropostos trazem são imensuráveis, possibilitando que a população usufrua de uma energia mais barata e sustentável. Os eletropostos, em especial, estão em crescimento no Brasil, e a tendência é que continuem a crescer à medida que a mobilidade elétrica avance. Com isso, saber que a energia solar pode ser implementada a eles, ajuda a viabilizar o investimento, tornando-o mais rentável e justificando seu custo. Saiba mais lendo nosso artigo sobre eletropostos.
