Painéis fotovoltaicos na fachada: uma tendência?

Sistemas Fotovoltaicos Integrados ou BIPV, Building Integrated PhotoVoltaics, caracterizam a técnica que incorpora células fotovoltaicas em projetos da construção civil, em substituição total ou parcial de elementos arquitetônicos convencionais, como fachadas, brises, janelas, claraboias, grades, marquises, coberturas, etc.

O BIPV é um sistema multifuncional, que além de permitir a geração de energia elétrica, pode oferecer sombra, isolamento térmico e sonoro, tornando o interior do imóvel muito mais confortável, sem prejudicar o visual da edificação. Esse recurso pode ser utilizado em imóveis residenciais, comerciais e industriais.

Entenda um pouco mais sobre o uso do painel fotovoltaico integrado à construção e descubra novas formas de modernizar seus projetos:

BIPV como tendência

A arquitetura tem buscado recursos inovadores para atender às novas demandas de um mercado que considera a sustentabilidade um aspecto de valor. Assim, o painel fotovoltaico integrado à construção é uma maneira de associar tecnologia, design e economia a projetos mais sustentáveis.

Edificações construídas a partir do conceito “energia zero” podem se beneficiar de diferentes tipos de Sistemas Fotovoltaicos Integrados, de acordo com o tipo de célula solar que for utilizada.

Tipos de aplicação do BIPV

O mercado de energia fotovoltaica está a todo vapor, e as pesquisas para o desenvolvimento de novas tecnologias no setor, também. Atualmente, as células solares mais comuns para uso em painel fotovoltaico integrado à construção são:

• Painel Solar de Silício: Silício amorfo, Cristalino, Nanocristalino, Monocristalino e Policristalino;
• Painel Solar de Filme Fino: Telureto de Cádmio, Seleneto de Cobre, Índio e Gálio;
• Células Solares Orgânicas (OPV);
• Painel Solar Híbrido.

Células solares orgânicas

Excelente opção para acompanhar a tendência mundial de Green Building, as células solares orgânicas podem realmente ajudar a neutralizar a pegada de carbono dos grandes centros urbanos.

A célula solar orgânica produz eletricidade a partir de luz solar, via processo fotovoltaico.

Entre as soluções de BIPV disponíveis estão os filmes OPV (Organic PhotoVoltaics), que se destacam por ser finos como uma cartolina, com capacidade média de geração energética de até 50 watts por m².

Os filmes fotovoltaicos orgânicos são feitos de plástico e são impressos com uma tinta orgânica, que ao entrar em contato com a radiação solar cria um sistema que libera elétrons e gera a corrente elétrica ligada à rede do usuário.

O produto é 40 vezes mais leve, 50% mais translúcido e 100% flexível em relação às placas dos painéis solares convencionais. Assim, o OPV pode ser utilizado como revestimento em superfícies planas ou curvas, oferecendo muito mais liberdade de criação para os profissionais de arquitetura.

A partir da captação da luz solar e geração de energia, a conversão, distribuição e ou armazenamento de energia funciona da mesma forma que as tecnologias fotovoltaicas tradicionais.

Painéis fotovoltaicos na fachada

A fachada tem a função de integrar a edificação ao seu entorno, cuidando da segurança, da privacidade e do conforto dos seus usuários.

Além do aspecto decorativo, a fachada é um elemento importante para a eficiência energética do imóvel, pois interfere diretamente em aspectos como a necessidade de climatização e iluminação artificiais do local.

Os painéis fotovoltaicos podem ser incorporados às fachadas de diferentes formas: frontal, posterior ou lateral, para incrementar o visual do projeto arquitetônico.

Neste sentido, as células solares orgânicas (OPV) ainda oferecem a possibilidade de personalização extrema da fachada, de acordo com o estilo do restante do projeto, pois elas podem ter formas e cores variadas. 

Custo do sistema fotovoltaico integrado à fachada

O investimento inicial para ativação de um sistema fotovoltaico integrado à fachada é similar aos outros sistemas fotovoltaicos. Sua principal diferença de preço diz respeito aos vidros especiais e à “película” fotovoltaica que os recobre, dependendo do estilo arquitetônico e da metragem da fachada. Essa diferença pode chegar a 40%.

Como incluir células solares na fachada?

As fases de análise e implementação dos sistemas fotovoltaicos integrados na fachada de um edifício, ou outro tipo de imóvel, são muito similares à aquisição e instalação de um sistema fotovoltaico tradicional:

1. Desenho do projeto;
2. Instalação do vidro personalizado;
3. Ajustes de engenharia mecânica e elétrica;
4. Inicialização do sistema;
5. Monitoramento.

Retorno do investimento das células solares na fachada

Estima-se que o tempo necessário para o retorno do investimento de um painel integrado (BIPV) é de três a cinco anos, assim como no caso de painéis fotovoltaicos tradicionais.

A economia é uma das vantagens dessa essa tecnologia, principalmente, em edificações de uso comercial e industrial, que, geralmente, têm uma demanda energética muito alta, gerando assim uma redução enorme na conta de energia elétrica.

BIPV e sustentabilidade

O BIPV colabora efetivamente para a sustentabilidade dos projetos de arquitetura! No caso de aplicações de células fotovoltaicas orgânicas (OPV), composto de materiais não tóxicos, cada m² instalado é capaz de evitar a emissão de 120 kg de Dióxido de Carbono na atmosfera, por ano!

O sistema de energia solar fotovoltaica já não é novidade e a evolução dessa tecnologia tem caminhado a passos largos com a descoberta e o desenvolvimento de novos materiais e suas aplicações. Gostou do nosso artigo sobre o uso de painéis fotovoltaicos na fachada? Confira uma aplicação da tecnologia BIPV feita pela SolarVolt Energia, na nova sede da TOTVS em São Paulo: 

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