Thomson Reuters: pesquisas, patentes e o futuro da energia solar

Thomson Reuters: pesquisas, patentes e o futuro da energia solar

O futuro é ensolarado, de acordo com um importante estudo da Thomson Reuters. A pesquisa é chamada de 7 Razões Que Farão o Mundo Ser Sustentável e cita tópicos que estão à frente quanto o assunto é um planeta mais verde e com menos emissões de poluentes. Os assuntos são divididos em: Catástrofe, Investidores, Reguladores, Transparência, Colaboradores, Heróis e Ciência e Inovação – este último, ponto de interesse da SolarVolt.

Para o estudo, Bob Stembridge concedeu uma entrevista em que fala sobre descobertas, pesquisas e previsões para dias que virão e para o futuro da energia solar. Bob é Analista de Patentes e Gerente de Relações com Consumidores da área de Ciência da Thomson Reuters. O papo pode ser lido em inglês por aqui. Logo abaixo, replicamos as palavras do pesquisador em tradução livre.

Qual é o papel da análise de dados nas previsões sobre como o mundo estará em 10 anos?

Sobre previsões, olhamos duas coisas. Primeiro, a literatura científica, porque dentro de IP & Ciência, temos algumas fontes de dados poderosas para essa literatura. Olhamos o Web of Science, que cobre a maior parte das pesquisas globais importantes dos últimos 100 anos ou mais. E o que conseguimos foi identificar aqueles tópicos que estavam sendo muito citados e, dessa forma, você realmente consegue identificar fontes tecnológicas promissoras. Então foi assim que tivemos a primeira pista de que a tecnologia solar, entre outras nove previsões, era uma das principais tecnologias emergentes.

Falando de patentes, elas foram o segundo ponto em que olhamos pra ver quais pesquisas científicas estavam realmente sendo comercializadas – porque patentes são o próximo passo. A pesquisa científica te dá o tipo de base teórica em que você consegue desenvolver soluções. E então, assim que essas soluções são desenvolvidas elas provavelmente serão patenteadas. Dessa forma você pode rastrear a aplicação daquela pesquisa em soluções  comerciais reais.

Como Thomson Reuters chegou à conclusão que energia solar seria a fonte dominante no planeta em 2025?

Tem algumas evidências para apoiar essa conclusão. Uma das áreas mais promissoras está nas célular fotoelétricas orgânicas, e isso ainda está em etapa de pesquisa. Basicamente é usar química orgânica para criar fotovoltaicos. A atual geração de células solares é inorgânica e baseada em elementos como cobre, índio, telúrio e selênio – elementos que são exóticos e caros para serem extraídos e transformados em células elétricas. Se conseguirem desenvolver um jeito de produzir células solares de forma orgânica, de materiais orgânicos, através da química orgânica, seria um avanço real em termos de ser capaz de produzir em massa com custo baixo.

A outra área promissora é o transporte, porque combustíveis fósseis como petróleo e gasolina são bem convenientes em termos de transporte do lugar onde você consegue eles até o lugar de destino. Não é muito o caso da energia solar, porque você precisa da infraestrutura no local, você precisa de linhas de transmissão. Mas tem um trabalho sendo feito, pesquisa científica, em seu estágio inicial. Estão trabalhando em formas de capturar, quimicamente, luz solar.

De todas essas coisas – a redução de custo e maior disponibilidade de células solares, a eficiente gradativa na captura de luz solar e melhora nas técnicas de transporte -, eu acho, se você resolve-las, então isso irá liberar o potencial máximo da força solar. E isso é o que vemos quando olhamos para pesquisas sendo feitas e patenteadas. Tudo indica para nós que, sim, de fato, em 2025, em 10 anos, o sol será a maior fonte de energia do planeta.

O que significam essas descobertas?

Uma de nossas outras pesquisas fala sobre consumo de energia ao redor do mundo, e ele possivelmente irá dobrar nas próximas três décadas, por conta do aumento da população e da demanda crescente. Isso também indica que o sol, sozinho, fornece 120 mil terawatts, o que é mais ou menos seis mil vezes a taxa atual de consumo de energia. Então tem muito mais que o suficiente de luz solar, mesmo se contarmos com uma conversão de 10% de eficiência, para alimentar todas as necessidades globais de energia. É só uma questão de aproveitar e distribuir bem.

Que reações a Thomson Reuters recebeu diante do relatório [Science Watch: Solar is the largest source of energy on the planet, estudo divulgado em junho de 2014]?

Bem, ele saiu tem mais de ano, mas certamente quando foi publicado, ele foi lido no mundo inteiro e bem recebido. Teve muito interesse gerado e, possivelmente, um aumento da percepção dos dados fantásticos levantados pela empresa, e de como eles podem levantar ideias e questões sobre assuntos como o futuro da tecnologia e a direção que estamos tomando. Inclusive, depois de lança-lo, começamos um debate interno na Thomson. Pedimos que as pessoas votassem nas 10 previsões que fizemos no relatório, e aconteceu que a previsão da energia solar foi a com maior nota, e gerou muita discussão. Acho que essa previsão realmente se identificou com as pessoas.

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