A conta de energia tem ficado cada vez mais cara. Algumas das razões para isso são os horários de ponta, os aumentos de impostos, a ineficiência na geração de energia e o aumento da inflação.
Com a finalidade de sanar alguns problemas, as concessionárias desenvolveram um sistema de horários de ponta (ou horários de pico). Esses horários são caracterizados por um aumento no consumo de energia pela maior parte da população. Dessa forma, é aplicada uma diferenciação dos preços cobrados, que variam conforme a demanda em cada faixa.
Veja a seguir quais são esses horários e o que você pode fazer para não levar prejuízo!
Horários de ponta e tarifas: qual a relação?
O horário de ponta é, por definição, o período do dia em que ocorre um pico na demanda por energia elétrica. No Brasil, em razão dos hábitos da população, esse horário costuma ocorrer entre 17h e 21h. Esse período foi definido por ser o momento em que a maioria das pessoas está retornando para casa, tomando banho ou utilizando eletrodomésticos. Entretanto, esse horário varia de Estado para Estado.
A tarifa residencial costuma ser fixa, e considerando a dificuldade em suprir a demanda energética nestes períodos, é feita a classificação dos horários em “de ponta, intermediário e fora de ponta”. Caso você opte pela tarifação tipo “branca”, no decorrer deste artigo te informaremos melhor sobre este tema. Por meio desta metodologia, as tarifas para empresas e indústrias, nessas faixas de horário, podem variar bastante. O propósito aqui é incentivar o uso de energia fora dos períodos de pico.
Lembre-se de verificar junto à sua concessionária os horários de ponta praticados na sua região!

Como solicitar mudança para a Tarifa Branca
Segundo consta no site da ANEEL, se você é um consumidor de baixa tensão enquadrado nos subgrupos B1, B2, ou B3 ou então pertence ao grupo A, com cobrança conforme grupo B, pode solicitar mudança no modelo tarifário comparecendo nos postos de atendimento da concessionária que atende sua região. A solicitação deve ser feita pelo titular da unidade consumidora.
A distribuidora de energia tem o prazo de 30 dias para atender a solicitação no caso de unidades consumidoras já existentes e para nova ligação o prazo máximo é de 5 dias em área urbana e 10 dias em área rural.
Se o consumidor desejar retornar ao modelo convencional de tarifa, a distribuidora tem um prazo de 30 dias para atender à solicitação. Porém, se após retorno ao modelo convencional, quiser retornar novamente ao modelo de Tarifa Branca, o prazo de adesão passa a ser de 180 dias.
Outro ponto de atenção é com relação ao relógio medidor. Para aderir à Tarifa Branca será necessária a troca do relógio medidor por um que meça o consumo de hora em hora. Os custos para a troca do medidor e instalação é por conta da concessionária. Contudo, se o consumidor estiver irregular em relação à sua instalação, o custeio da adequação será de sua responsabilidade.

Como economizar na conta conhecendo os horários de ponta
Primeiramente, uma dica para ter clareza sobre seu padrão de consumo: consulte as etiquetas atrás de cada equipamento elétrico e, em seguida, multiplique a potência pelas horas de uso mensal. A informação da potência também pode ser encontrada no manual de instruções do fabricante.
Uma vez que você já sabe o horário de pico de energia, faça uma programação: utilize equipamentos que consomem mais energia em horários fora dessa faixa. Muitos aparelhos de refrigeração, por exemplo, consomem muita energia na fase inicial do seu funcionamento, ao passo que, ligá-los nos horários de ponta pode gerar aumento na sua conta de energia.
Se a sua empresa usa ar condicionado com muita frequência, uma alternativa seria desligá-lo no momento em que ocorre pico de energia. Alguns aparelhos contam com uma funcionalidade extra: a programação dos horários de acionamento e desligamento. Dessa forma, vale a pena aprender a programar seus equipamentos, de modo que liguem e desliguem automaticamente.
Da mesma forma, você pode optar pela instalação de um mini gerador de energia distribuída, isto é, um sistema solar fotovoltaico residencial. Ou seja, você passará a gerar sua própria energia, libertando-se das crescentes complicações que, eventualmente, envolvem as faturas de eletricidade de concessionárias públicas. Além disso, estará garantindo a segurança energética para você e sua equipe, sem precisar se preocupar se a demanda está muito alta nos horários de pico de energia.
Escolha a tarifa mais adequada para seu perfil
A partir de janeiro de 2018, passou a vigorar a modalidade de Tarifa Branca. Diferente da tarifa convencional, cujo valor em R$/kWh é cobrado igual todos os dias, a Tarifa Branca distingue horários “de ponta” e “fora de ponta”.
A ideia da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é estimular os consumidores a utilizarem equipamentos elétricos fora dos horários de ponta – quando a distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa.
Esta capacidade ociosa pode ser entendida da seguinte forma:
A rede elétrica é dimensionada com base no consumo energético do horário de ponta (de maior consumo), e quando aumentamos o consumo nesse horário, a consequência é a necessidade de melhorias da rede, ou seja, há uma maior demanda. De forma simplificada, cabos de alimentação, transformadores, dispositivos de proteção e subestações de fornecimento de energia são dimensionados pensando-se no horário de maior consumo. Se há uma boa distribuição do consumo durante o dia (fora do horário de ponta), o sistema elétrico é utilizado de forma mais eficiente.
Em outras palavras, com a Tarifa Branca você pagará mais caro pela energia consumida em horários de pico de energia (entre 17h e 20h) e intermediários (entre 16h e 17h e entre 20h e 21h) – tomando como referência a concessionária de energia CEMIG para este exemplo.
Contudo, fora desses horários, a energia será mais barata. Uma boa dica é: feriados nacionais e finais de semana sempre contam como fora de ponta.
A princípio, a ANEEL recomenda que o consumidor conheça seu perfil antes de optar pela Tarifa Branca. Se você consome mais em horários fora de ponta ou consegue controlar o seu consumo alterando o horário de funcionamento dos seus equipamentos ou eletrodomésticos, e quanto maior for a diferença dos valores pagos entre uma tarifa e outra, maiores serão os benefícios da Tarifa Branca. Em suma, é vantajoso fazer a troca. Importante ressaltar que a Tarifa Branca não é recomendada quando o consumo maior ocorre em períodos de ponta (pico de energia) e intermediários.

Horários de ponta: como fazer o cálculo do seu consumo
Para calcular o seu consumo é simples, basta realizar uma simulação baseada em seus hábitos e em seus equipamentos, ou por meio de um medidor apropriado, capaz de registrar o consumo de acordo com os horários.
Caso você seja um consumidor tipo B (a maior parte dos casos se enquadram neste perfil para os consumidores residenciais, rurais e pequenos consumidores comerciais) e você conclua que vale a pena a alteração, será necessário formalizar seu pedido junto à concessionária para aderir ao faturamento de consumo na modalidade tarifa branca.
Essa opção não é obrigatória. Caso você não mude para a Tarifa Branca, continuará a ser cobrado na modalidade convencional.
Inicialmente, a Tarifa Branca estava disponível apenas para consumidores de baixa tensão (127V, 220V ou 380V), como no caso de residências, pequenos comércios e indústrias de pequeno porte. Recentemente perfis de consumo enquadrados no perfil de consumidor tipo A, que são os consumidores atendidos em tensão igual ou superior a 2.300 volts, pertencentes ao grupo A e cuja potência instalada do transformador particular seja igual ou inferior a 112,5 kVA, passou a ser permitido também optar pelo faturamento com aplicação de tarifa do Grupo B e aderir à tarifa branca.
Para mais informações, você poderá conferir na íntegra o artigo 100 da Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL.
Os horários de ponta, intermediário e fora de ponta são definidos pela ANEEL nas revisões tarifárias, que ocorrem em média de quatro em quatro anos. Entretanto, como falamos anteriormente, existe variação de horários de acordo com cada concessionária.
Com base nisso, a ANEEL decidiu criar o sistema de Tarifa Branca, com o objetivo de estimular o consumo de eletricidade em horários fora de ponta. Nesse sentido, os horários de ponta, intermediário e fora de ponta surgiram como uma nova modalidade de cobrança, buscando mitigar os efeitos da crise energética.A instalação de um sistema solar fotovoltaico (ou mini usina de geração distribuída) trará segurança energética para você e sua empresa. Consulte um de nossos especialistas para saber como essa tecnologia limpa pode beneficiar você.
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Uma Resposta a “Saiba o Que São Horários de Ponta no Consumo de Energia”